Os headbangers são, sem dúvida, exigentes com relação ao que escutam, mas a resistência à mudança também pode levar a alguns grandes prejuízos. Embora o SEPULTURA esteja gravando ótimos álbuns com o vocalista Derrick Green há mais de duas décadas, sempre há uma pequena porcentagem de fãs da banda que nunca aceitará os brasileiros sem Max Cavalera no comando. É realmente uma pena, pois o décimo quinto álbum de estúdio do SEPULTURA mostra de forma clara e sonora o som de uma banda em seu auge, tanto em termos de criatividade quanto de musicalidade.
Dividido em quatro seções, de acordo com o título do álbum, e tematicamente focado na aceitação cega da sociedade de modos predeterminados de pensar e ser, esse é um álbum que nos leva a meditar sobre o assunto e explora sutilmente o compromisso de longa data do SEPULTURA com a paz, o amor e a unidade . Dito isto, o primeiro quarto do álbum é uma soco na cara, as três faixas estão entre as mais intensas que eles já gravaram. A música "Isolation", como você já deve ter percebido,é quase um manifesto pela "Era Verde" e é de uma grandeza épica, pois luta contra a crueldade e a destruição. "Means To To End" é ainda mais retorcido, com muitos momentos groove. "Last Time" é a melhor de todas: é tudo o que você pode querer de uma música moderna de metal.
O resto do álbum leva-nos a todos os elementos da história do Sepultura até agora, desde a introdução tribal de "Capital Enslavement" até os maravilhosos e criativos surtos instrumentais da música "The Pentagram". A quarta parte é onde essa banda, mais uma vez abraça uma pitada de orquestra na simplesmente impressionante "Agony Of Defeat", e por último, mas não menos importante, a melodramática "Fear; Pain; Chaos; Suffering". Ao longo de tudo isso, a voz de Green é uma presença imponente e carismática, e seus companheiros também não ficam para trás. Devemos agradecer pela sorte que tivemos de o Sepultura ter permanecido nesse curso, porque este é um dos melhores discos de todos os tempos.
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